O NEGATIVO SEMPRE supera o positivo...


Os eventos ruins em geral têm impacto maior do que os bons. É muito fácil adquirir o sentimento de impotência por causa de alguns fracassos, mas livrar-se dele é outra história, mesmo tendo muitas experiências bem-sucedidas depois. As pessoas se esforçam mais para evitar uma perda do que para obter um ganho equivalente. Em comparação com ganhadores da loteria, vítimas de acidentes costumam demorar mais tempo para voltar ao estado original de felicidade. O que se diz de ruim sobre uma pessoa tem mais peso do que o que se diz de bom a respeito dela, e, nos relacionamentos, são necessárias cerca de cinco interações positivas para compensar os efeitos de uma única negativa.
Todo mundo tem seus momentos de sofrimento, e muitas pessoas sofrem bastante. A compaixão é uma reação natural ao sofrimento, inclusive o próprio. Autocompaixão não é autopiedade, mas ternura, interesse e desejo de melhora – assim como a compaixão por outra pessoa. Por ter uma carga emocional maior do que a autoestima, tem mais poder de reduzir o impacto de situações difíceis, preservando o amor-próprio e construindo resiliência. Esse sentimento também é libertador; afinal, quando alguém se fecha no próprio sofrimento, é difícil ser receptivo ao sofrimento alheio.
“No fim das contas, a felicidade se limita à escolha entre o incômodo de se tornar consciente das aflições mentais e o desconforto de ser guiado por elas.”

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[Ref.: Seligman 2006, Baumeister et al. 2001, Brickman, Coates e Janoff-Bulman 1978, Peeters e Czapinski 1990, Gottman 1995, Leary et al. 2007. Citação de Yongei Mingyur Rinpoche]

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